A franquia Need for Speed marcou o gênero de corrida durante a década de 90, sempre desfilando carrões de marcas licenciadas em cenários bonitos e agradáveis. Por volta de 2003, a série mudou de caráter drasticamente, aderindo à moda iniciada pelo filme "Velozes e Furiosos", onde máquinas altamente modificadas servem de instrumento para perseguições ilegais durante a noite.
Need for Speed Carbon é a quarta versão após o início dessas mudanças, onde o jogador não só deve encarar vilões do asfalto, como também deve preparar seu carro com suspensões esportivas, Nitro, Turbo, chips de injeção, além de incrementos visuais que servem para dar ao jogo uma sensação única. Nesta versão, a história se inicia de onde acabou o título antecessor (Need for Speed Most Wanted), quando o protagonista deixou a cidade de Rockport sob a perseguição do implacável sargento Cross.
Em Carbon, a trama começa com uma cutscene onde o carro do personagem é novamente destruído (o mesmo ocorreu em Most Wanted, quando seu carro foi sabotado) tendo agora que recomeçar sua carreira em uma cidade repleta de gangues que disputam seus territórios através de mortais perseguições à beira de abismos.
A jogabilidade é marcada pela facilidade de controle do automóvel, com pouca variação substancial entre as máquinas. Todas elas correm bastante com os acessórios para o motor, havendo detalhes distintos apenas na relação aceleração-velocidade máxima. A presença dosMuscleCars, possantes antigos com poderosos motores V8 vieram bem a calhar para aqueles que veneram carros mais brutos.
O cenário é, em sua totalidade, noturno e a qualidade gráfica é bastante similar ao do título anterior. Muitos efeitos de blur (borrado) fornecem a sensação de velocidade peculiar da série, assim como a trilha sonora, que apesar de estar menos variada que os antecessores, ainda tem a oferecer alguma empolgação para os momentos de alta velocidade.
O título é uma adição mediana à série, pois a jogabilidade e apresentações gráficas se tornaram previsíveis, fazendo de Need for Speed Carbon um jogo apenas para os que realmente são fãs da franquia ou que não a jogaram ainda.
Analise 2° o Baixaki Jogos:
Seguindo caminhos mais amenos, não tão “underground” (até mesmo pela ausência do termo no título), Need for Speed Carbon procura agora diversificar-se ao incluir um sistema de facções disputando a hegemonia sobre a cidade, os famosos e venerados muscle cars e a possibilidade de formar equipes em que os aliados interceptam, indicam atalhos e abrem vácuo para aumentar a velocidade.
Adrenalina pura com as máquinas mais velozes
O enredo prossegue do ponto onde parou em Most Wanted, penúltimo lançamento da série. Após recuperar sua BMW M3 GTR e vencer uma corrida em que seus adversários foram capturados pela polícia, o jogador chega em mais uma cidade repleta de pilotos hostis, Palmont City.
Porém, a paz é novamente perturbada pelo Sargento Cross, o policial mais implacável da cidade que o jogador deixara. Em uma cutscene emocionante, esse oficial da lei persegue o protagonista de maneira agressiva, quase derrubando-o em um dos cânions à beira da estrada. O final desta batalha é a destruição (denovo) do veículo do jogador que tem sua pele salva somente porque Darius, o chefe de uma das gangues de Palmont City, expulsa o Sargento Cross e lhe salva a pele. Sua dívida com ele agora deve ser paga, ajudando-o a derrotar todas os grupos rivais da cidade. A cidade, por sua vez, contém diversas facções, enquadrada em um dos seguintes grupo de veículos: Tuners, famosos carros modificados tanto na aparência, quanto no motor; os Exotics, máquinas velozes de fábrica; e os Muscles, V8 possantes de excelente aceleração, mas difíceis de domar nas curvas. Com uma narrativa fragmentada, baseada em flashbacks e entre muitas corridas, o jogador aprenderá gradativamente os mistérios que envolveram sua saída abrupta de Rockport e porque Darius ajudou o jogador.
A ação, em meio a esta trama, se dá nas corridas que têm como objetivo dominar os territórios de cada gangue. Após as ter controlado você desafiará o chefe de cada equipe primeiro em duelo nas ruas e depois, às marges dos cânions. Este último desafio consiste em uma perseguição de duas partes: num primeiro momento você terá que perseguir o chefe, não podendo deixar que ele fique mais de 10 segundos à sua frente, ou perderá imediatamente; na segunda etapa será a vez do chefe tentar alcançar-lhe. Caso algo aconteça, como a queda em um dos desfiladeiros, o duelo começa de novo, ao custo da paciência do jogador.
Perseguição com carros reformados do seu jeito
A presença familiar de coadjuvantes, representados por jovens fazendo pose de mau, na tentativa de deixar o jogo mais tenso e causar a sensação de se estar lidando com verdadeiros elementos do crime, chama a atenção. Tudo isso soa um tanto dissimulado, para não dizer artificial. As CGs em que os novos membros do grupo são apresentados são de um mau gosto ímpar, seja pela má atuação, seja pelos diálogos tolos.
O modo pursuit é mantido nesta seqüência, mas sem o brilho e emoção do antecessor, relegado apenas a um segundo plano durante as voltas pela cidade, embora seja cada vez mais presente à medida que o jogador avança. O modo de personalização foi refinado e a aparência do seu carro influencia até mesmo os policiais, que o reconhecem mais facilmente caso seja mantido o mesmo aspecto durante muito tempo. Com uma função chamada autosculpt é possível, inclusive, alterar gradativamente a intensidade, dimensão e disposição das aberturas no capô, entradas de ar em geral, aerofólios, saias e vinis.
A principal característica são os aliados durante as corridas, que podem assumir uma das seguintes funções: blocker, em que o piloto intercepta e atrapalha os adversários; drafter, em que o seu parceiro o ajuda provocando um vácuo à sua frente, aumentando a velocidade seu do carro; e tracker, em que o auxílio vem através das informações no minimapa e dos rastros que seu parceiro deixa ao passar pelos atalhos presentes na corrida. Além disso, a presença deles lhe dá vantagens e bônus nas lojas e nas corridas.
A noite underground com estilo
O ambiente voltou à conhecida noite underground, com alguma névoa ao horizonte, néones e luzes ajudando a se achar o caminho – ou atrapalhando. As tomadas cinematográficas permanecem nos saltos e encontros com os policiais, assim como a quantidade exagerada de blur, que acaba por poluir demais a tela e não transmitir exatamente uma sensação de velocidade (cabe aqui, entretanto, o gosto do jogador). Carros com texturas boas e cenários com complexidade dependem da configuração escolhida, além da capacidade de hardware do gamer.
A trilha sonora sempre foi um ponto atraente na série Need for Speed, com bons artistas e variedade de estilos. Neste caso em especial, a equipe da Electronic Arts preferiu as trilhas de fundo, reforçando os eventos nas telas. As músicas também não chamam a atenção, dando apenas o ritmo necessário para um estímulo bom à aceleração. Os sons dos carros estão muito bons e podem ser desfrutados através do ronco profundo do motor V8 característico dos MuscleCars e o grito forte de possantes como Lamborghini, Porsche, Mitsubishi, entre outros carrões.
Mesma roupagem e jogabilidade no estilo arcade
O jogo não correspondeu às expectativas geradas pelo excelente Most Wanted, além de possuir o enredo fragmentado e vago, presente, por exemplo, em Need for Speed Underground 2. A variedade de carros aumentou, assim como as infinitas possibilidades de personalização, porém o jogo tem uma vida útil curta, podendo ser terminado em menos de 10 horas. Para os fãs da série, permanece ainda uma boa pedida.
http://www.reidobrasfoot.net/c/brasfoot-2013/page/3/
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